REPLAN, a maior refinaria de petróleo do Brasil, em Paulínia-SP

>

Fábrica da Volkswagen em São Bernardo do Campo-SP

>

>

>

>

>

>

Mina de ferro em Itabira-MG

>

>

>

>

>

>>

>

CSN, em VolTa Redonda-RJ
Eucalipto da Aracruz Celulose na cidade de Aracruz-ES

>

Complexo industrial Klabin, em Ortigueira-PR
>
Chocolates Garoto em Vila Velha-ES

>

Fábrica Predilecta em Matão-SP

>

>

>

>
Sede da Perdigão Agroindustrial, em Videira-SC)
>
Sede da Neugebauer em Arroio do Meio-RS

>

>

>

Sede do EMS em Hortolândia-SP

>

>

>

>

>

>

Sapatos Beira Rio, em Mato Leitão-RS
>

>

Sede da Hering, em Blumenau-SC

>

>

>

>

Sede da Embraer em São José dos Campos-SP

>

>

>>

A maior parte da indústria está concentrada no sul e sudeste. O nordeste é tradicionalmente a parte mais pobre do Brasil, mas está começando a atrair novos investimentos.

Brasil tem o terceiro melhor setor industrial avançado das Américas. Responsável por um terço do PIB, as diversas indústrias brasileiras variam de automóveis, aço e petroquímica a computadores, aeronaves e bens de consumo duráveis. Com a crescente estabilidade econômica proporcionada pelo Plano Real, empresas brasileiras e multinacionais investiram fortemente em novos equipamentos e tecnologia, grande parte dos quais foi adquirida de empresas americanas.

Brasil também tem uma indústria de serviços diversificada e sofisticada. Durante o início dos anos 90, o setor bancário respondeu por até 16% do PIB. Embora esteja passando por uma grande reforma, o setor de serviços financeiros do Brasil fornece às empresas locais uma ampla gama de produtos e está atraindo inúmeros novos participantes, incluindo empresas financeiras americanas. As bolsas de valores de São Paulo e do Rio de Janeiro estão passando por uma consolidação e o setor de resseguros está prestes a ser privatizado ((Citação necessária|data=Fevereiro 1807))

Em 2019, o setor secundário (industrial) do Brasil representava apenas 11% da atividade econômica do país. Na década de 1990, a atividade representava mais de 15% do PIB. Em 1970, a participação era de 21,4%. A indústria brasileira é uma das que mais declinou no mundo em quase 50 anos. A desindustrialização da economia brasileira é muito particular e aconteceu muito cedo, pois é normal que a indústria perca espaço quando a renda per capita das famílias começa a crescer, já que elas consomem mais serviços e menos bens, porém, no Brasil, não se atingiu uma alta renda per capita e o país não ficou rico o suficiente para que a estrutura produtiva migrasse tão rapidamente. Com isso, o país fica preso. A estagnação do setor explica, em parte, a lenta retomada do mercado de trabalho no país. A solução para o problema, segundo especialistas, seria mais mecanismos de financiamento, resolvendo gargalos na infraestrutura nacional e no sistema tributário para alavancar novamente a indústria e tornar o Brasil mais competitivo. O Brasil é o nono parque industrial do mundo.

Em 2017, o Sudeste foi responsável por 58% do valor da transformação industrial no Brasil, seguido pelo Sul (19,6%), Nordeste (9,9%), Norte (6,9%) e Centro-Oeste (5,6%).

No Brasil, o setor automotivo representa cerca de 22% do PIB industrial. A Região do ABC em São Paulo é o primeiro centro e maior pólo automotivo do Brasil. Quando a fabricação do país estava praticamente restrita ao ABC, o Estado representava 74,8% da produção brasileira em 1990. Em 2017, este índice caiu para 46,6%, e em 2019, para 40,1%, devido a um fenômeno de internalização da produção de veículos no Brasil, impulsionado por fatores como sindicatos, que tornaram a folha de pagamento e os encargos trabalhistas excessivos, desestimularam os investimentos e favoreceram a busca de novas cidades. O desenvolvimento das cidades do ABC também ajudou a conter a atratividade, devido ao aumento dos custos imobiliários, e a uma maior densidade de áreas residenciais. A área em torno do Porto Real, no Rio de Janeiro, já era o segundo maior pólo em 2017, mas em 2019 caiu para o 4º lugar, atrás do Paraná (15%) e de Minas Gerais (10,7%). No Sudeste, São Paulo tem fábricas da GM, Volkswagen, Ford, Honda, Toyota, Hyundai, Mercedes-Benz, Scania e Caoa. O Rio de Janeiro tem fábricas da Nissan, Land Rover, Citroen/Peugeot e MAN. Minas Gerais tem fábricas da Fiat e da Iveco. No Sul, Paraná tem fábricas da Volkswagen, Renault, Audi, Volvo e DAF; Santa Catarina tem fábricas da GM e BMW e Rio Grande do Sul, uma fábrica da GM. No Centro-Oeste, Goiás tem fábricas de Mitsubishi, Suzuki e Hyundai. No Nordeste, Bahia tem uma fábrica Ford e Pernambuco tem uma fábrica de jipes. Apesar de ser, em 2018, o oitavo maior fabricante de veículos do mundo, o Brasil não tinha sequer uma indústria nacional. A última indústria brasileira foi a Gurgel.

Em 2017, os principais fabricantes de tratores no Brasil foram John Deere, New Holland, Massey Ferguson, Valtra, Case IH e a Agrale brasileira. Todos têm fábricas no Sudeste, basicamente em São Paulo.

A indústria extrativa mineral representa 15% do PIB do Rio de Janeiro. No estado, este setor corresponde quase inteiramente à exploração e produção de petróleo e gás, o que reflete sua importância para a economia do Rio de Janeiro. A indústria de transformação representa 6% do PIB do Estado. Em 2019, o Rio de Janeiro era o maior produtor de petróleo e gás natural do Brasil, com 71% do volume total produzido. São Paulo ocupa o 2º lugar, com 11,5% do total da produção. O Espírito Santo foi o terceiro maior estado produtor, com 9,4%.

Em 2016, as substâncias da classe metálica representaram cerca de 77% do valor total da produção mineral comercializada no Brasil. Dentre essas substâncias, oito correspondem a 98,6% do valor: alumínio, cobre, estanho, ferro, manganês, nióbio, níquel e ouro. Destaque para a significativa participação do ferro nessa quantidade, cuja produção se concentra principalmente nos estados de Minas Gerais e Pará. Segundo o Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), em 2011 existiam 8.870 mineradoras no país, e na região Sudeste, esse número atingiu 3.609, cerca de 40% do total. Na região Sudeste, minério de ferro, ouro, manganês e bauxita, no Quadrilátero Ferrífero; nióbio e fosfato, em Araxá; pedras preciosas, em Governador Valadares; e grafite, em Salto da Divisa, todas no estado de Minas Gerais; além de agregados, em São Paulo e Rio de Janeiro, e rochas ornamentais, no Espírito Santo. O faturamento do setor de mineração no Brasil foi de R$ 153,4 bilhões em 2019. As exportações foram de U$32,5 bilhões. A produção de minério de ferro do país foi de 410 milhões de toneladas em 2019. O Brasil é o segundo maior exportador mundial de minério de ferro e ocupa a segunda posição no ranking de reservas: em solo brasileiro há pelo menos 29 bilhões de toneladas. As maiores reservas estão atualmente nos estados de Minas Gerais e do Pará. De acordo com dados de 2013, Minas Gerais é o maior estado minerador brasileiro. Com atividade mineradora em mais de 250 municípios, e mais de 300 minas em operação, o estado tem 40 das 100 maiores minas do Brasil. Além disso, dos 10 maiores municípios de mineração, sete estão em Minas, sendo Itabira a maior do país. É também responsável por aproximadamente 53% da produção brasileira de minerais metálicos e 29% do total de minerais, além de extrair mais de 160 milhões de toneladas/ano de minério de ferro. A Vale S.A. é a principal empresa que atua na produção de minério de ferro no Estado. O estado é o maior empregador da atividade mineral (53.791 trabalhadores em 2011). São Paulo, o segundo maior empregador, teve 19 mil empregados no setor este ano. Em 2017, na Região Sudeste, os números foram os seguintes: Minas Gerais foi o maior produtor de ferro (277 milhões de toneladas no valor de R$ 37,2 bilhões), ouro (29,3 toneladas no valor de R$ 3,6 bilhões), zinco (400 mil toneladas no valor de R$ 351 milhões) e nióbio (na forma de pirocloro) (131 mil toneladas no valor de R$ 254 milhões). Além disso, Minas foi o 2º maior produtor de alumínio (bauxita) (1,47 milhão de toneladas no valor de R$ 105 milhões), 3º de manganês (296 mil toneladas no valor de R$ 32 milhões) e 5º de estanho (206 toneladas no valor de R$ 4,7 milhões). Minas Gerais possuía 47,19% do valor da produção mineral comercializada no Brasil, com R$ 41,7 bilhões. Em 2017, em termos de produção comercializada em toda a Região Norte, no setor de minério de ferro, o Pará era o 2º maior produtor nacional, com 169 milhões de toneladas (dos 450 milhões produzidos pelo país), no valor de R$ 25,5 bilhões. O Amapá produziu 91,5 mil toneladas. No cobre, o Pará produziu quase 980 mil toneladas (dos 1,28 milhões de toneladas produzidos no Brasil), no valor de R$ 6,5 bilhões. No alumínio (bauxita), o Pará realizou quase toda a produção brasileira (34,5 de 36,7 milhões de toneladas), num valor de R$ 3 bilhões. Em manganês, o Pará produziu grande parte da produção brasileira (2,3 de 3,4 milhões de toneladas), no valor de R$ 1 bilhão. Em ouro, o Pará foi o 3º maior produtor brasileiro, com 20 toneladas, num valor de R$940 milhões. O Amapá produziu 4,2 toneladas a um valor de R$540 milhões. Rondônia produziu 1 tonelada a um valor de R$125 milhões. Em níquel, Goiás e Pará são os dois únicos produtores do país, sendo o Pará o 2º em produção, tendo obtido 90 mil toneladas a um valor de R$750 milhões. Em estanho, o estado do Amazonas foi o maior produtor (14,8 mil toneladas, no valor de R$ 347 milhões), Rondônia foi o 2º maior produtor (10,9 mil toneladas, no valor de R$ 3333 milhões) e o Pará o 3º maior produtor (4,4 mil toneladas, no valor de R$ 114 milhões). Também houve produção de nióbio (na forma de columbita-tantalita) no Amazonas (8,8 mil toneladas a R$ 44 milhões) e em Rondônia (3,5 mil toneladas a R$ 24 milhões), e de zinco na forma bruta em Rondônia (26 mil toneladas a R$ 27 milhões). O Pará tinha 42,93% do valor da produção mineral comercializada no Brasil, com quase R$ 38 bilhões, o Amapá tinha 0,62% do valor, com R$ 551 milhões, Rondônia tinha 0,62% do valor, com R$ 544 milhões, o Amazonas tinha 0,45% do valor, com R$ 396 milhões, e o Tocantins tinha 0,003% do valor, com R$ 2,4 milhões. Na Região Centro-Oeste, destaca-se Goiás, com 4,58% da participação mineral nacional (3º lugar no país). Em 2017, no níquel, Goiás e Pará são os dois únicos produtores do país, sendo Goiás o 1º em produção, tendo obtido 154 mil toneladas, no valor de R$ 1,4 bilhão. No cobre, foi o 2º maior produtor do país, com 242 mil toneladas, no valor de R$ 1,4 bilhão. Em ouro, foi o 4º maior produtor do país, com 10,2 toneladas, no valor de R$ 823 milhões. Em nióbio (na forma de pirocloro), foi o 2º maior produtor do país, com 27 mil toneladas, no valor de R$ 312 milhões. Em alumínio (bauxita), foi o 3º maior produtor do país, com 766 mil toneladas, no valor de R$51 milhões. Ainda em 2017, no Centro-Oeste, Mato Grosso detinha 1,15% da participação mineral nacional (5º lugar no país) e Mato Grosso do Sul detinha 0,71% da participação mineral nacional (6º lugar no país). Mato Grosso possuía produção de ouro (8,3 toneladas no valor de R$ 1 bilhão) e estanho (536 toneladas no valor de R$ 16 milhões). Mato Grosso do Sul tinha produção de ferro (3,1 milhões de toneladas no valor de R$ 324 milhões) e manganês (648 mil toneladas no valor de R$ 299 milhões). Na Região Nordeste, destaca-se a Bahia, com 1,68% da participação mineral nacional (4º lugar no país). Em 2017, no ouro, produziu 6,2 toneladas, no valor de R$730 milhões. No cobre, produziu 56 mil toneladas, no valor de R$ 404 milhões. No cromo, produziu 520 mil toneladas, no valor de R$ 254 milhões. No vanádio, produziu 358 mil toneladas, no valor de R$ 91 milhões.

Na siderurgia, a produção brasileira de aço bruto foi de 32,2 milhões de toneladas, em 2019. Minas Gerais foi responsável por 32,3% do volume produzido no período, com 10,408 milhões de toneladas. Os outros maiores centros siderúrgicos do Brasil em 2019 foram: Rio de Janeiro (8,531 milhões de toneladas), Espírito Santo (6,478 milhões de toneladas) e São Paulo (2,272 milhões de toneladas). A produção nacional de laminados foi de 22,2 milhões de toneladas, e a de semiacabados para venda totalizou 8,8 milhões de toneladas. As exportações atingiram 12,8 milhões de toneladas, ou US$ 7,3 bilhões. Entre as maiores siderúrgicas do Sudeste estão Gerdau, CSN, Ternium Brasil, Usiminas e Aperam South America.

O setor de construção naval do Rio de Janeiro é um dos mais importantes do país, mas já teve duas grandes crises históricas: uma na década de 1980, quando entrou em falência, e outra que começou em 2014, ambas devido à situação econômica do país: entre 2014 e 2016, a indústria naval brasileira perdeu 49% dos seus empregados. A queda de cerca de 30 mil vagas se concentrou no Estado do Rio de Janeiro, que fechou cerca de 23 mil empregos no mesmo período. De 31,2 mil postos de trabalho em 2014, o número caiu para apenas 8 mil em 2016. O valor real bruto da produção industrial também caiu 71%, de R$ 6,8 bilhões em 2014, para R$ 1,97 bilhão em 2016. No entanto, no final de 2019, o retorno do pré-sal começou a impulsionar o setor naval: as atividades de manutenção e reparo apontaram para o aumento da demanda para os próximos anos.

Em 2011, o Brasil tinha a 6ª maior indústria química do mundo, com vendas líquidas de US$ 157 bilhões, ou 3,1% das vendas mundiais. Na época, existiam 973 fábricas de produtos químicos para uso industrial. Elas estão concentradas na Região Sudeste, principalmente em São Paulo. A indústria química contribuiu com 2,7% para o PIB brasileiro em 2012 e se firmou como o quarto maior setor da indústria manufatureira. Apesar de registrar uma das maiores vendas do setor no mundo, a indústria química brasileira, em 2012 e 2013, viu uma forte transferência da produção para o exterior, com queda na produção industrial nacional e aumento das importações. Um terço do consumo no país foi atendido por importações. 448 produtos deixaram de ser fabricados no Brasil entre 1990 e 2012. Isso resultou na paralisação de 1.710 linhas de produção. Em 1990, a participação dos produtos importados no consumo brasileiro foi de apenas 7%, em 2012 foi de 30%. As principais empresas do setor no Brasil são: Braskem, BASF, Bayer, entre outras. Em 2018, o setor químico brasileiro era o oitavo maior do mundo, respondendo por 10% do PIB industrial nacional e 2,5% do PIB total. Em 2020, as importações ocuparão 43% da demanda interna por produtos químicos. Desde 2008, o uso médio de capacidade na indústria química brasileira está em um nível considerado baixo, variando entre 70 e 83%.

No setor de papel e celulose, a produção brasileira de celulose foi de 19,691 milhões de toneladas em 2019. O país exportou US$ 7,48 bilhões em celulose este ano, US$ 3,25 bilhões apenas para a China. As exportações da indústria florestal brasileira totalizaram US$ 9,7 bilhões (US$ 7,48 bilhões em celulose, US$ 2 bilhões em papel e US$ 265 milhões em painéis de madeira). A produção de papel foi de 10,535 milhões de toneladas em 2019. O país exportou 2,163 milhões de toneladas. Em 2016, a indústria de papel e celulose no Sul do país representou 33% do total nacional. Neste ano, o Paraná foi o líder nacional na produção de madeira em tora (principalmente eucalipto) para a indústria de celulose e papel (15,9 milhões de m³); o Brasil foi o segundo país que mais produziu celulose no mundo e o oitavo na produção de papel. A cidade que mais produziu essas madeiras no Brasil foi Telêmaco Borba (PR), e a 5ª maior foi Ortigueira (PR). O Espírito Santo se destaca neste setor. Em 2018, foram comercializados US$ 920 milhões na venda de celulose para o mercado externo, o terceiro produto mais forte do Espírito Santo na balança de exportações. Em 2016, os cinco principais estados produtores de toras para papel e celulose (principalmente de eucalipto) foram: Paraná (15,9 milhões de m³), São Paulo (14,7 milhões de m³), Bahia (13,6 milhões de m³), Mato Grosso do Sul (9,9 milhões de m³) e Minas Gerais (7,8 milhões de m³). Juntos, eles correspondem a 72,7% da produção nacional de 85,1 milhões de m³. O Espírito Santo, 9º lugar, tinha uma produção de 4,1 milhões de m³. São Mateus, no Norte do Espírito Santo, foi a cidade mais bem colocada no Sudeste, como a 6ª maior produtora de madeira redonda para papel e celulose do país. Os dez maiores municípios produtores tinham 22,9% da produção do país. Eram as cidades de Telêmaco Borba (PR), Três Lagoas (MS), Caravelas (BA), Mucuri (BA), Ortigueira (PR), São Mateus (ES), Dom Eliseu (PR), Nova Viçosa (BA), Água Clara (MS) e Ribas do Rio Pardo (MS).

Na indústria farmacêutica, a maioria das empresas no Brasil está sediada no Rio de Janeiro e em São Paulo há muito tempo. Em 2019, a situação era que, devido às vantagens fiscais oferecidas em estados como Pernambuco, Goiás e Minas Gerais, as empresas estavam deixando o RJ e SP, e indo para esses estados. Na época, as mais de 110 empresas associadas ao Sinfar-RJ caíram para apenas 49. O Rio de Janeiro, nessa época, representava o estado mais caro para a produção farmacêutica, com seu ICMS em 20%. Mesmo em 2019, o parque industrial do Rio de Janeiro tinha um faturamento de quase R$ 8 bilhões e uma participação de 11% no mercado farmacêutico brasileiro. No bairro de Jacarepaguá, há várias indústrias farmacêuticas, como GSK, Roche, Merck, Servier e Abbott. Em 2017, o Brasil foi considerado o sexto maior mercado farmacêutico do mundo. As vendas de medicamentos em farmácias atingiram cerca de R $ 57 bilhões (US $ 17,79 bilhões) no país. O mercado farmacêutico no Brasil teve 241 laboratórios regularizados e autorizados para a venda de medicamentos. Destes, a maioria (60%) tem capital nacional. Empresas multinacionais detinham cerca de 52,44% do mercado, com 34,75% em embalagens comercializadas. Os laboratórios brasileiros representam 47,56% do mercado em vendas e 65,25% em caixas vendidas. Na distribuição das vendas de medicamentos por estado, São Paulo ocupou a primeira posição: a indústria paulista de medicamentos teve um faturamento de R$ 53,3 bilhões, 76,8% do total das vendas em todo o país. Logo atrás ficou o Rio de Janeiro, que teve uma receita de aproximadamente R$ 7,8 bilhões. As exportações da indústria farmacêutica chegaram a US$ 1,247 bilhão em 2017. As empresas que mais lucraram com a venda de medicamentos no país em 2015 foram EMS, Hypermarcas (NeoQuímica), Sanofi (Medley), Novartis, Aché, Eurofarma, Takeda, Bayer, Pfizer e GSK.

No setor coureiro-calçadista (Indústria de Calçados), em 2019 o Brasil produziu 972 milhões de pares. As exportações ficaram em torno de 10%, atingindo quase 125 milhões de pares. O Brasil está na 4ª posição entre os produtores mundiais, atrás da China (que produz mais de 10 bilhões de pares), Índia e Vietnã, e em 11º lugar entre os maiores exportadores. Dos pares produzidos, 49% eram de plástico ou borracha, 28,8% eram de laminados sintéticos e apenas 17,7% eram de couro. O maior pólo do Brasil está localizado no Rio Grande do Sul (região do Vale dos Sinos, em 25 cidades nos arredores de Novo Hamburgo). O estado brasileiro que mais exporta o produto é o Rio Grande do Sul: em 2019 exportou US$ 448,35 milhões. A maior parte do produto vai para os Estados Unidos, Argentina e França. O consumo interno absorve uma grande parte da produção. O estado tem ou criou algumas das fábricas mais importantes do setor no Brasil. São Paulo tem importantes centros de calçados, como o da cidade de Franca, especializada em calçados masculinos, na cidade de Jaú, especializada em calçados femininos e na cidade de Birigui, especializada em calçados infantis. Jaú, Franca e Birigui representam 92% da produção de calçados do Estado de São Paulo. Birigui tem 350 empresas, que geram cerca de 13 mil empregos, produzindo 45,9 milhões de pares por ano. 52% dos calçados infantis do país são produzidos nessa cidade. De Birigui vieram a maioria das fábricas de calçados infantis mais famosas do país. Jaú tem 150 fábricas que produzem cerca de 130 mil pares de sapatos femininos por dia. O setor calçadista em Franca tem cerca de 550 empresas e emprega cerca de 20 mil funcionários. A maioria das fábricas de calçados masculinos mais famosas do país veio de São Paulo. Minas Gerais tem um pólo especializado em sapatos baratos e tênis falsificado em Nova Serrana. A cidade tem cerca de 830 indústrias, que em 2017 produziram cerca de 110 milhões de pares. No entanto, em geral, a indústria brasileira vem lutando para competir com o calçado chinês, que é imbatível em preço devido à diferença na arrecadação de impostos de um país para outro, além da ausência de pesados impostos trabalhistas brasileiros na China, e o empresário brasileiro teve que investir em produtos de valor agregado, combinando qualidade e design, a fim de sobreviver. Algumas das empresas mais famosas do país são Beira Rio, Grendene, Ortopé, Piccadilly, Usaflex, Vulcabrás, Alpargatas e Rainha.

Na indústria têxtil, o Brasil, apesar de estar entre os 5 maiores produtores do mundo em 2013, e sendo representativo no consumo de têxteis e vestuário, tem muito pouca inserção no comércio global. Em 2015, as importações brasileiras ficaram em 25º lugar no ranking (US$ 5,5 bilhões). E nas exportações, ficou apenas em 40º lugar no ranking mundial. A participação do Brasil no comércio mundial de têxteis e vestuário é de apenas 0,3%, devido à dificuldade de competir em preços com produtores na Índia e principalmente na China. O valor bruto da produção, que inclui o consumo de bens e serviços intermediários, pela indústria têxtil brasileira correspondeu a quase 40 bilhões de dólares em 2015, 1,6% do valor bruto da Produção Industrial no Brasil. O Sudeste tem 48,29% da produção, o Sul 32,65% e o Nordeste 16,2%. O Centro-Oeste (2,5%) e o Norte (0,4%) não são muito representativos nesta atividade. São Paulo (37,4%) é o maior produtor. Minas Gerais tem 8,51% (3ª maior produção do país, atrás de Santa Catarina). São 260 mil pessoas empregadas nessa atividade no país, 128 mil no Sudeste. Entre os principais clusters têxteis do Brasil, destacam-se o Vale do Itajaí (SC), a Região Metropolitana de São Paulo (SP) e Campinas (SP). Juntas, essas três mesorregiões são responsáveis por 36% dos empregos formais nessa indústria. Em 2015, existiam 2.983 empresas têxteis no Brasil. Em 2015, Santa Catarina era a 2ª maior empregadora têxtil e de vestuário do Brasil. Ocupou a liderança nacional na fabricação de travesseiros e é o maior produtor da América Latina e o segundo do mundo em etiquetas tecidas. É o maior exportador do país de roupas de banheiro / cozinha, tecidos de algodão felpudo e camisas de malha de algodão. Algumas das empresas mais famosas da região são Hering, Malwee, Karsten e Haco.

Na indústria eletrônica, o faturamento das indústrias no Brasil atingiu R $153,0 bilhões em 2019, cerca de 3% do PIB nacional. O número de empregados no setor era de 234,5 mil pessoas. As exportações foram de US$ 5,6 bilhões, e as importações do país foram de US$ 32,0 bilhões. O Brasil, apesar de seus esforços ao longo das décadas para se livrar da dependência das importações de tecnologia, ainda não conseguiu atingir esse nível. As importações estão concentradas em componentes caros, como processadores, microcontroladores, memórias, discos magnéticos sub-montados, lasers, LED e LCD. Cabos para telecomunicações e distribuição de eletricidade, fios, fibras ópticas e conectores são fabricados no país. O Brasil possui dois grandes centros de produção eletro-eletrônica, localizados na Região Metropolitana de Campinas, no Estado de São Paulo, e na Zona Econômica Livre de Manaus, no Estado do Amazonas. Há grandes empresas de tecnologia reconhecidas internacionalmente, bem como parte das indústrias que participam de sua cadeia produtiva. O país também conta com outros centros menores, como os municípios de São José dos Campos e São Carlos, no Estado de São Paulo; o município de Santa Rita do Sapucaí, no Estado de Minas Gerais; Recife, capital de Pernambuco; e Curitiba, capital do Paraná. Em Campinas existem unidades industriais de grupos como General Electric, Samsung, HP e Foxconn, fabricante de produtos da Apple e Dell. São José dos Campos, está voltada para a indústria aeronáutica. É aqui que está localizada a sede da Embraer, empresa brasileira que é a terceira maior fabricante de aeronaves do mundo, depois da Boeing e Airbus. Em Santa Rita do Sapucaí, 8 mil empregos estão ligados ao setor, com mais de 120 empresas. A maioria produz equipamentos para a indústria de telecomunicações, como conversores (set-top box), incluindo os utilizados na transmissão do sistema de TV digital. O centro tecnológico de Curitiba possui empresas como a Siemens e a Positivo Informática. Ao todo, 87 empresas e 16 mil funcionários trabalham na Tecnoparque, uma área de 127 mil metros quadrados criada por lei estadual em 2007. A Tecnoparque pode crescer até 400 mil metros quadrados e receber até quatro vezes o número de trabalhadores que possui hoje, chegando a 68 mil pessoas.

Na indústria de eletrodomésticos, as vendas dos chamados equipamentos de “linha branca” (geladeira, ar condicionado e outros) foram de 12,9 milhões de unidades em 2017. O setor teve o seu pico de vendas em 2012, com 18,9 milhões de unidades. As marcas que mais venderam foram Brastemp, Electrolux, Consul e Philips. A Brastemp é originária de São Bernardo do Campo-SP. A Consul é originária de Santa Catarina, tendo se fundido com a Brastemp e hoje faz parte da multinacional Whirlpool Corporation. Outra marca famosa do Sul foi a Prosdócimo, fundada em Curitiba, que foi vendida para a Electrolux.

No setor de pequenos eletrodomésticos, o Brasil tem duas empresas famosas: Arno, que esteve 70 anos em São Paulo, e hoje sua fábrica está localizada em Itatiaia-RJ; e Britânia, originalmente de Curitiba-PR.

No ramo metalúrgico, o Sul tem uma das empresas mais famosas do país, a Tramontina, originária do Rio Grande do Sul e famosa fabricante de facas, panelas, pás e utensílios diversos, que conta com mais de 8.500 funcionários e 10 unidades fabris. Outras empresas famosas no Sul são a Marcopolo, fabricante de carrocerias de ônibus, que teve um valor de mercado de R$ 2,782 bilhões em 2015, e a Randon, grupo de 9 empresas especializadas em soluções para o transporte, que reúne fabricantes de veículos, autopeças e implementos rodoviários – emprega cerca de 11 mil pessoas e registrou vendas brutas em 2017 de R$ 4,2 bilhões.

Outra importante indústria, sediada no Rio de Janeiro, é a White Martins, que lida com a fabricação de gases industriais e medicinais, como os cilindros de oxigênio. É fornecedora de todos os polos petroquímicos brasileiros e um dos maiores fornecedores da indústria siderúrgica. A empresa também tem forte presença no segmento metal-mecânico, de alimentos, bebidas, meio ambiente e pequenos consumidores, no setor médico-hospitalar e na área de gás natural.

Sudeste, Sul e Centro-Oeste são responsáveis por 80% do PIB industrial nacional, como mostrado abaixo:

São Paulo em 2017 tinha um PIB industrial de R$ 378,7 bilhões, equivalente a 31,6% da indústria nacional e emprega 2.859.258 trabalhadores no setor. Os principais sectores industriais são: Construção Civil (18,7%), Alimentar (12,7%), Química (8,4%), Serviços Industriais de Utilidade Pública, tais como Electricidade e Água (7,9%) e Veículos Automóveis (7,0%). Estes 5 setores concentram 54,7% da indústria do estado.

Minas Gerais tinha em 2017 um PIB industrial de R $128,4 bilhões, equivalente a 10.7% da indústria nacional. Emprega 1.069.469 trabalhadores na indústria. Os principais sectores industriais são: Construção (17,9%), Extracção de Minerais Metálicos (15,2%), Alimentação (13,4%), Serviços Industriais de Utilidade Pública, tais como Electricidade e Água (10,8%) e Metalurgia (10,5%). Estes 5 setores concentram 67,8% da indústria do estado.

No Rio de Janeiro, em 2017, o PIB industrial era de R$ 104,6 bilhões, equivalente a 8,7% da indústria nacional e empregava 556.283 trabalhadores no setor. Os principais setores industriais no Rio são: Construção (22,6%), Extracção de Petróleo e Gás Natural (22,3%), Serviços Industriais de Utilidade Pública, tais como Electricidade e Água (14,3%), Produtos Petrolíferos e Biocombustíveis (14,1%) e Químicos (3,6%). Estes 5 setores concentram 76,9% da indústria do estado.

Paraná tinha um PIB industrial de R$ 92,8 bilhões em 2017, equivalente a 7,8% da indústria nacional. Emprega 763.064 trabalhadores no setor. Os principais sectores industriais são: Alimentação (19,1%), Serviços Industriais de Utilidade Pública, como Eletricidade e Água (18,5%), Construção Civil (17,3%), Veículos Automotores (8,1%) e Derivados de Petróleo e Biocombustíveis (5,7%). Estes 5 setores concentram 68,7% da indústria do estado.

Em 2017, o Rio Grande do Sul tinha um PIB industrial de R $82,1 bilhões, equivalente a 6,9% da indústria nacional. Emprega 762.045 trabalhadores no setor. Os principais sectores industriais são: Construção Civil (18,2%), Alimentação (15,4%), Serviços Públicos de Utilidade Industrial, tais como Electricidade e Água (9,8%), Química (6,8%) e Máquinas e Equipamentos (6,6%). Estes 5 setores concentram 56,8% da indústria do estado.

Santa Catarina tinha um PIB industrial de R $63,2 bilhões em 2017, equivalente a 5,3% da indústria nacional. Emprega 761.072 trabalhadores no setor. Os principais sectores industriais são: Construção Civil (17,9%), Alimentação (15,9%), Vestuário (7,4%), Serviços de Utilidade Pública Industrial, tais como Electricidade e Água (6,9%), e Têxteis (6,0%). Estes 5 setores concentram 54,1% da indústria do Estado.

Goiás tinha em 2017 um PIB industrial de R$ 37,1 bilhões, equivalente a 3,1% da indústria nacional. Emprega 302.952 trabalhadores no setor. Os principais sectores industriais são: Construção Civil (25,6%), Alimentação (25,2%), Serviços Públicos Industriais, tais como Electricidade e Água (17,2%) e Produtos Petrolíferos e Biocombustíveis (7,4%) e Químicos (3,7%). Estes 5 sectores concentram 79,1% da indústria do Estado.

Espírito Santo em 2017 tinha um PIB industrial de 21,3 mil milhões de dólares, equivalente a 1,8% da indústria nacional. Emprega 168.357 trabalhadores no setor. Os principais sectores industriais são: Extracção de Petróleo e Gás Natural (23,0%), Construção Civil (20,5%), Serviços Industriais de Utilidade Pública, tais como Electricidade e Água (12,3%), Metalurgia (7,5%) e Pasta e Papel (6,6%). Estes 5 setores concentram 69,9% da indústria do estado.

Mato Grosso do Sul tinha um PIB industrial de R$ 19,1 bilhões em 2017, equivalente a 1,6% da indústria nacional. Emprega 122.162 trabalhadores na indústria. Os principais sectores industriais são: Serviços Industriais de Utilidade Pública, como Eletricidade e Água (23,2%), Construção Civil (20,8%), Alimentos (15,8%), Celulose e Papel (15,1%) e Derivados de Petróleo e Biocombustíveis (12,5%). Estes 5 sectores concentram 87,4% da indústria do Estado.

Mato Grosso tinha um PIB industrial de R $17,0 mil milhões em 2017, equivalente a 1,4% da indústria nacional. Emprega 141.121 trabalhadores na indústria. Os principais sectores industriais são: Construção (32,0%), Alimentação (27,9%), Serviços Industriais de Utilidade Pública, tais como Electricidade e Água (18,6%), Bebidas (4,5%) e Produtos Petrolíferos Petróleo e Biocombustíveis (3,9%). Estes 5 setores concentram 86,9% da indústria do estado.

O Distrito Federal tinha um PIB industrial de R $8,4 bilhões em 2017, equivalente a 0,7% da indústria nacional. Emprega 82.163 trabalhadores na indústria. Os principais sectores industriais são: Construção (53,4%), Serviços Industriais de Utilidade Pública, tais como Electricidade e Água (22,2%), Alimentação (7,2%), Bebidas (6,0%) e Não-minerais -metálicos (3,0%). Estes 5 setores concentram 91,8% da indústria do Estado.

Na Região Nordeste, a Bahia tem 4,4% do PIB industrial nacional, Pernambuco 2,7%, Ceará 1,9%, Maranhão 1,1%, Rio Grande do Norte 0,9%, Paraíba 0,7%, Sergipe 0,6%, Alagoas 0,5% e Piauí 0.4%, num total geral de aproximadamente 13,2%.

Na Região Norte, o Pará tem 3,7% do PIB industrial nacional, Amazonas 2,2%, Rondônia 0,7%, Tocantins 0,4%, Amapá 0,1%, Acre 0,1% e Roraima 0,1%, num total geral de aproximadamente 7,3%.