Como Citar Este Capítulo: Chaudhry S, Rabbat C, Zawadzki J, Drabczyk R. Hipercalémico (Tipo 4) Acidose Tubular Renal. McMaster Textbook of Internal Medicine. Cracóvia: Medycyna Praktyczna. https://empendium.com/mcmtextbook/chapter/B31.II.14.5.3. Acesso 26 de março de 2021.
Última Atualização: 1 de Outubro de 2017
Última Revisão: 29 de maio de 2019

Informações do Capítulo

Escritório Editorial da Universidade McMaster
Editores de Seção: Christine M. Ribic, Karen C.Y. To
Autores: Sultão Chaudhry, Christian Rabbat
Polish Institute for Evidence Based Medicine Editorial Office
Editores de Secção: Franciszek Kokot, Robert Drabczyk
Autores: Jan Zawadzki, Robert Drabczyk
Principais Documentos Levados em Conta:

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Definition, EtiologyTop

Acidose tubular renal do tipo 4 (ATR) também é referida como ATR hipercalémica. A marca desta doença é o hipoaldosteronismo manifestado pela hipercalemia e uma acidose metabólica hiperclorêmica muito leve, geralmente resultante de deficiência de aldosterona ou resistência tubular à aldosterona.

As etiologias da ATR do tipo 4 podem ser divididas em subprodução de aldosterona e resistência à aldosterona. Etiologias selecionadas da ATR do tipo 4: Tabela 9.8-3.

DiagnósticoTop

Hipercalemia e uma leve acidose metabólica hiperclorêmica são as principais manifestações da ATR do tipo 4. O diagnóstico da ATR tipo 4 deve ser considerado em qualquer paciente com esses achados presentes persistentemente na ausência de outras etiologias de hipercalemia, como doença renal crônica ou o uso de suplementos de potássio.

Exame cuidadoso da história médica e da lista de medicamentos deve ser realizado para garantir que o paciente não está tomando nenhum medicamento ou não tem um distúrbio não diagnosticado conhecido como causador da ATR do tipo 4.

Testes de diagnóstico

Várias etiologias podem ser diferenciadas pela medida da atividade da renina plasmática (PRA) e concentrações séricas de aldosterona e cortisol. Estes testes devem ser realizados após a administração de um diurético de laço ou após assumir a posição vertical por 3 horas, que são conhecidos por aumentar a liberação de renina e aldosterona em indivíduos saudáveis.

Avaliação cuidadosa destes valores deve ser realizada para elucidar a etiologia subjacente. As concentrações de renina e aldosterona dependem da etiologia: Tabela 9.8-3.

Uma abordagem geral da ATR baseada em resultados de estudos urinários: Tabela 9.8-4.

TratamentoTop

Não é necessária nenhuma terapia de reposição de bicarbonato, pois a acidose é apenas leve.

O tratamento da ATR tipo 4 depende da doença subjacente, que deve ser tratada, se possível. Hipoaldosteronismo hiporeninêmico pode ser tratado com fludrocortisona em doses significativamente maiores do que as utilizadas para insuficiência adrenal. Entretanto, a maioria desses pacientes apresenta hipertensão e edema, o que pode ser exacerbado com a reposição mineralocorticoide. Nesses casos, uma dieta pobre em potássio combinada com um diurético tipo loop ou diurético tipo tiazida pode ser usada para controlar a hipercalemia. Pacientes com insuficiência adrenal primária devem receber reposição glicocorticóide e mineralocorticóide.

TabelasTop

Tabela 9.8-3. Etiologias da acidose tubular renal tipo 4

Deficiência de aldosterona

Níveis baixos de renina

– Distúrbios sistêmicos: nefropatia diabética, um HIV, NIC

– Drogas: AINEs,um inibidor de calcineurina

– Níveis normais a altos de renina

– Desordens sistémicas: insuficiência adrenal primária, doença crítica grave

– Drogas: ACEIs, ARBs, UFH, inibidores diretos de renina, cetoconazol

Resistência a aldosterona

– Desordens sistêmicas: doença falciforme, LES, uropatia obstrutiva

– Drogas: diuréticos de potássio (antagonistas de aldosterona, inibidores de ENaC como amilorida e triamtereno), antibióticos (trimetoprim, pentamidina, inibidores de calcineurina)

a As causas mais comuns.

ACEI, inibidor da enzima conversora da angiotensina; ARB, bloqueador do receptor da angiotensina; NIC, nefrite intersticial crônica; ENaC, canal epitelial de sódio; HIV, vírus da imunodeficiência humana; LES, lúpus eritematoso sistêmico; UFH, heparina não fracionada.

Tabela 9.8-4. Aproximações à acidose tubular renal

Função

pRTA (tipo 2 RTA)

dRTA (tipo 1 RTA)

Tipo 4 RTA

Grau de acidose

Moderar

Severe

Menor

PH mínimo de urina (durante a acidose)

<5.5

>5.5

<5.5

Fractional HCO3- excreção (FEHCO3-) com soro normal HCO3- (após carga de NaHCO3)

>15%

<3%-5%

<3%-15%

Nefrocalcinoses

Raramente

>

Amaciaciaveis

Nunca

dRTA, acidose tubular renal distal; pRTA, acidose tubular renal proximal; RTA, acidose tubular renal.

>

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