Synopsis

Particularmente nesta era de maior consciência dos potenciais danos dos opiáceos, os anticonvulsivos são frequentemente prescritos para o tratamento de condições dolorosas. Embora haja evidência da sua eficácia, principalmente para neuropatia periférica e diabética, os anticonvulsivos são cada vez mais prescritos para outras condições, incluindo dores lombares baixas. Essa revisão sistemática incluiu uma pesquisa abrangente da literatura, e os autores identificaram nove ensaios randomizados (três dos quais foram estudos cruzados) que compararam topiramato (Topamax), pregabalina (Lyrica) ou gabapentina com placebo em pacientes com dor lombar com ou sem radiculopatia. Foram excluídos estudos em mulheres grávidas; pacientes pré-operatórias; e pacientes com condições mistas, como dores no pescoço e nas costas. Os estudos foram avaliados quanto ao risco de viés, e apenas um estava em alto risco. Os estudos utilizaram uma gama de escalas de dor, portanto a diferença média padronizada nos escores de dor entre os grupos de tratamento e placebo foi o resultado primário. Os nove estudos relataram um total de 14 comparações, sendo que apenas duas apresentaram um benefício estatisticamente significativo. Um foi um pequeno estudo de gabapentina em altas doses (3.600 mg por dia) em 43 pacientes com dor lombar radicular, e o outro foi um estudo de topiramato (300 mg por dia) em 96 pacientes com dor lombar. Os outros estudos de topiramato, pré-gabalina, ou gabapentina não encontraram nenhum benefício. Onde os resultados puderam ser agrupados, não houve diferença entre os grupos. Não houve diferença nos eventos adversos graves: quatro no grupo da pré-gabalina e seis no grupo do placebo (embora estes tenham sido relatados em apenas dois estudos com um total de 423 pacientes). Quaisquer eventos adversos foram significativamente mais comuns com tratamento ativo (risco relativo = 1,4; IC 95%, 1,2 a 1,7).

Desenho do estudo: Meta-análise (ensaios controlados aleatórios)