Dois dos estudos tiveram sérios pontos fracos no desenho dos métodos de seleção dos participantes, três em relação à aplicação do teste (MMSE), e nove em relação à apresentação do fluxo e do tempo. Conseguimos fazer uma análise estatística combinada (meta-análise) sobre 28 estudos no ambiente comunitário (44 artigos) e 6 estudos na atenção primária (8 artigos), mas não conseguimos extrair dados utilizáveis para os 14 estudos comunitários restantes. Dois dos seis estudos em atenção primária foram realizados em pessoas que apresentavam sintomas de possível demência. Conseguimos calcular a precisão diagnóstica resumida do MMSE em três pontos de corte em estudos comunitários, mas não tínhamos dados suficientes para fazer isso nos estudos em atenção primária. Um teste perfeito teria sensibilidade (capacidade de identificar qualquer pessoa com demência) de 1,0 (100%) e especificidade (capacidade de identificar pessoas sem demência) de 1,0 (100%). Para o MMSE, o resumo da precisão em um ponto de corte de 25 (10 estudos) foi sensibilidade 0,87 e especificidade 0,82. Em sete estudos que ajustaram as estimativas de precisão para o nível de escolaridade, constatamos que o teste teve sensibilidade de 0,97 e especificidade de 0,70. A precisão sumária em um ponto de corte de 24 (15 estudos) foi sensibilidade de 0,85 e especificidade de 0,90. Com base nestes resultados, esperaríamos que 85% das pessoas com demência fossem corretamente identificadas com o MMSE, enquanto 15% seriam erroneamente classificadas como não tendo demência; 90% das pessoas testadas seriam corretamente identificadas como não tendo demência enquanto 10% seriam falsos positivos e poderiam ser encaminhadas para testes adicionais.
Os nossos resultados apoiam o uso do MMSE como parte do processo para decidir se alguém tem demência ou não, mas os resultados do teste devem ser interpretados no contexto mais amplo do paciente individual, como a sua personalidade, comportamento e como ele está se comportando em casa e na vida diária.
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