Antecedentes: A constipação comum é considerada como sendo causada por vírus e há muito se acredita que os antibióticos não têm nenhum papel no tratamento desta condição. Em muitos países os médicos prescrevem frequentemente antibióticos para a constipação comum na crença de que podem prevenir a infecção bacteriana secundária e, em alguns casos, para responder à demanda do paciente. Há também uma preocupação crescente sobre a resistência das bactérias comuns aos antibióticos comumente usados. Um passo crucial para reduzir o uso de antibióticos para a constipação comum é examinar as evidências para ver se há algum benefício ou se há benefício para alguns subgrupos ou constelações de sintomas.
Objetivos: (1) Determinar a eficácia dos antibióticos em comparação com placebo no tratamento de infecções agudas do trato respiratório superior (resfriados comuns) em termos da proporção de pacientes nos quais o resultado clínico foi considerado como uma redução dos sintomas gerais e sintomas específicos da nasofaringe. (2) Determinar se há resultados adversos significativos associados à antibioticoterapia para pacientes com diagnóstico clínico de infecção aguda do trato respiratório superior.
Estratégia de pesquisa: Pesquisamos o Registo de Ensaios Controlados Cochrane, MEDLINE, EMBASE, a Base de Dados de Medicina Familiar, e listas de referência de artigos, e contactámos os investigadores principais. A pesquisa mais recente foi em maio de 2001 SELECTION CRITERIA: Ensaios aleatórios comparando qualquer antibioticoterapia com placebo em infecções agudas do trato respiratório superior com menos de 7 dias de sintomas
Coleta e análise de dados: Ambos os revisores avaliaram independentemente a qualidade do ensaio e os dados extraídos.
Principais resultados: Todas as análises usaram efeitos fixos, a menos que indicado o contrário Principais resultados: Foram incluídos nove ensaios envolvendo 2249 (2157 analisados) pessoas entre dois meses e 79 anos (e adultos sem limite superior de idade) anos. A qualidade geral dos ensaios incluídos foi variável. As pessoas que receberam antibióticos não se saíram melhor em termos de falta de cura ou persistência dos sintomas do que as que receberam placebo (odds ratio 0.8, intervalo de confiança de 95% (IC 95%) 0.59 a 1.08). Apenas um estudo Taylor et al (1977) relatou especificamente a persistência de rinite clara com um pequeno benefício para aqueles que receberam antibióticos. Dois estudos encontraram um benefício significativo para os antibióticos em comparação com placebo para odds ratio de rinite clara (clear) 0,42 (0,22-0,78). Dois estudos também encontraram um benefício significativo em pacientes com odds ratio de dor de garganta 0,27 95% CI (0,10-0,74). Apenas um estudo relatou tempo de trabalho perdido com 22% daqueles em tratamento antibiótico e 25% daqueles em placebo, mas isto não foi significativo. Os pacientes adultos tratados com antibióticos tiveram um aumento significativo dos efeitos adversos (odds ratio de 3,6 95% CI 2,21 a 5,89) enquanto não houve aumento significativo na odds ratio de crianças 0,90 95% CI (0,44-1,82).
Conclusões dos revisores: Não há evidências suficientes de benefícios importantes do tratamento das infecções do trato respiratório superior com antibióticos para justificar o seu uso rotineiro em crianças ou adultos e há um aumento significativo dos efeitos adversos associados ao uso de antibióticos em pacientes adultos.
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